Na presente pesquisa buscamos empreender uma discussão acerca dos desafios do ensino dos direitos humanos nas escolas, em um momento de aumento das tensões políticas entorno do tema e tomando como premissa a perspectiva de que a educação tem como fundamento a resistência aos processos de barbarização que atravessam a sociedade contemporânea. Desta feita, visamos empreender uma pesquisa-intervenção que tivesse como fim promover o letramento dos educandos do Ensino Fundamental II na linguagem dos direitos humanos, articulando uma abordagem pedagógica que se valesse das dimensões teórica e prática, e buscando um diálogo metodológico que promovesse a interação entre teoria crítica, psicanálise e epistemologias do Sul. Nossa pesquisa procurou demonstrar a proficuidade do uso das conversações, da escuta, das narrativas de sofrimento e superação e dos diálogos interculturais como abordagens metodológicas e práticas para o fomento do letramento em direitos humanos junto aos educandos matriculados e egressos do Ensino Fundamental II e Médio de uma escola estadual da cidade de Belo Horizonte/MG e de uma escola municipal de Ibirité/MG.
