Deciviliza-te: propostas para um(a) educador(a) abyalense

   


R$ 50,00
 
Sinopse

Esse livro é fruto de muitos questionamentos durante a vida que me trouxeram até à docência. E desses questionamentos, outros muitos mais apareceram e aparecerão. Pois, as questões do mundo real nos foram negadas por distintos poderes coloniais. E quanto mais nos damos conta disso, maior é nosso questionamento, pois, questionando, nos decivilizando, vamos refazendo nossa resistência e construindo a realidade que nos interessa, aquela que nos aproxima de nós mesmos, críticos e conscientes. E nosso trabalho é todo dia na docência, em conjunto e decivilizando-se, por isso, os questionamentos viraram esse livro, para que possamos nos decivilizar ao questionar o padrão eurocêntrico imposto a nossa Abya Yala.

 

Copérnico publicou, em agonia, o livro que fundou a astronomia moderna.

Três séculos antes, os cientistas árabes Muhayad al-Urdi e Nassir al-Tusi tinham gerado teoremas que foram importantes no desenvolvimento dessa obra. Copérnico usou-os, mas não os citou.

A Europa via o mundo olhando-se no espelho.

Além dela, o nada.

As três invenções que tornaram possível o Renascimento, a bússola, a pólvora e a imprensa, vinham da China. Os babilônios tinham anunciado Pitágoras com mil e quinhentos anos de antecipação. Muito antes que qualquer um, os hindus tinham sabido que a terra era redonda e haviam calculado a idade dela. E muito mais que ninguém, os maias haviam conhecido as estrelas, os olhos da noite, e os mistérios do tempo.

Esses detalhes não eram dignos de atenção.

 

Eduardo Galeano – Espelhos: uma história quase universal, p. 111




Detalhes da obra
 
ISBN: Após a pré-venda da obra
Autor: Cauê Almeida Galvão
Dimensões: 15 x 21 cm
Páginas: 96






 
 
 



Instagram

Copyright © editoraescolacidada. Made with by ESCOLA CIDADÃ & UNIVERSO IMAGINÁRIO